A AIDS pode atingir os bebês, principalmente através de suas mães, sendo estas portadoras do vírus HIV+. Isto ocorre em mais de 90% dos casos, durante a gravidez, na hora do parto ou na amamentação. Assim como os adultos, as crianças podem contrair o HIV+ por meio de sangue contaminado durante uma transfusão ou ainda em situações onde foram vítimas de abuso sexual.
"No amor não há medo; o perfeito amor afasta todo o medo. E (...) nós mesmos conhecemos o amor que Deus tem por nós e cremos nesse amor. Portanto, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa, deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações. Pois Jesus disse: se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus seguidores.
Que as suas vidas sejam dominadas pelo amor, assim como Cristo nos amou e deu a sua vida por nós(...)
Então, quem poderá nos separar do amor de Cristo? Sofrimentos, dificuldades, perseguições, fome, pobreza, o perigo ou a morte?? Cremos que, em tudo isso temos a vitória por meio daquele que nos amou. Sendo assim, (...) nada poderá nos separar do amor de Deus."
Referências Bíblicas: I João 3:18, 4:16-18 João 13:35
Efésios 5:2 Romanos 8:35-37-38
Retratos da AIDS
"Terá direito a crescer e criar-se com saúde, para isto, tanto à criança como á mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especiais, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica adequadas."
(Princípio 4º da Declaração dos Direitos das Crianças)
A dor de uma infância
Bárbara ingressou aos 03 anos de idade, juntamente com dois irmãos, na creche do Lar Esperança. A mãe, uma diarista sofrida e marginalizada, precisava trabalhar para sustentar sua família. Como a grande maioria da população, lutava pela sobrevivência.
Desde sua entrada na instituição, a menina apresentava uma saúde debilitada que chamava atenção dos funcionários. Com o passar do tempo, Bárbara permanecia sem reabilitar-se, teve pneumonia e encontrava-se freqüentemente enferma. Uma das pessoas que trabalhava na instituição e acompanhava o caso, resolveu levá-la para fazer exame de sangue, suspeitando se tratar de algo mais grave. Ao detectar que a menina era soropositiva, a funcionária buscou averiguar a condições de saúde dos pais, e se estes tinham conhecimento da doença.
A descoberta da doença de Bárbara trouxe a esta instituição um terrível impasse: o de não poder proporcionar a ela os cuidados específicos que a doença requer, de não dispor de medicação para seu tratamento, nem uma estrutura adequada para atendê-la. Como enfrentar a sociedade ao deixá-la freqüentando um espaço que atende crianças da comunidade? E se as mães das outras descobrissem, o que argumentar?
Bárbara teve que retornar para a família, permanecendo seus irmãos no Lar Esperança. Para a criança o que é assustador não é a doença, mas a reação dos adultos à sua volta. Desse modo involuntariamente lhe foi permitido vivenciar uma sensação de rejeição.
Este caso provoca na instituição uma terrível estado de desconforto, impotência e frustração, nunca antes vivido, ao terem que se defrontar com o fato de possuírem em sua mãos uma vida a mercê de seus recursos, sem que fosse possível oferecer-lhe o mínimo necessário para seu bem estar. Surgia assim, uma nova demanda na realidade desta instituição.
Passado algum tempo, sua família foi procurada para que a menina fosse levada a uma nova instituição fundada junto ao Lar Esperança, esta tinha como finalidade atender crianças na mesma situação de Bárbara, até então, uma vida jamais esquecida pelos fundadores destas entidades.
Após muito relutarem, os pais levaram a menina para a CEACRI, que inicialmente era vinculada ao Orfanato Lar Esperança. Hoje, aos 6 anos, Bárbara acostumou-se a viver com a morte, que já ceifou seu pai assassinado, que ronda sua mãe soropositiva, da mesma forma que passa por ela, mas apreendeu também a conviver com crianças que como ela, simbolizam não somente a dor de uma infância, mas o ideal de luta de nossa Instituição.
Ps: O nome Bárbara é fictício, a fim de que seja preservada a identidade da criança.
VoCê SaBia QuE
A OMS estima que mais de 5 milhões de crianças terão perdido as mães ou ambos os pais até o ano 2000. (fev./95)
No Brasil 182 mil mulheres e mais de 355 mil homens estão infectados pela AIDS, sendo que 12,8 mil são gestantes contaminadas. (set. /99)
Quase metade dos bebês africanos estão nascendo com o vírus da AIDS, o que significa que a saúde e a força de trabalho do continente já estão comprometidos pelo menos mais uma geração. (set./99)
Em setembro de 1997 a AIDS foi responsável por 84% das mortes registradas no Hospital Penitenciário de Porto Alegre. (out./97)
Em algumas comunidades Africanas a AIDS reduziu a expectativa de vida para menos de 25 anos. ( set./99)
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"Mais bem-aventurada coisa é dar que receber!"
